Crianças podem ter colesterol alto?

Sim, especialmente quando há uma dieta inadequada, associada à falta de atividades física e a fatores genéticos.

De onde vem o colesterol?

Basicamente nós temos duas fontes de colesterol: uma que é derivada de alimentos e outra que produzida pelo nosso próprio organismo, especialmente no fígado. Assim, se consumirmos em excesso alimentos com gordura, associado a nossa produção, teremos um acúmulo exagerado que é o colesterol alto.

A partir de que idade deve-se preocupar com o colesterol?

Desde o nascimento. O aleitamento materno exclusivo até os seis meses protege a criança contra o excesso de colesterol e também desta forma não expõe à criança a uma alimentação inadequada. Após os seis meses, é importante cuidar com a introdução gradual e correta de alimentos. Entre os dois e três anos, é onde começa o grande problema, pois a criança fica seletiva na alimentação e os pais oferecem aquilo que elas gostam, como: salgadinhos, frituras, bolachas e doces, criando assim os maus hábitos alimentares.

Crianças magras também podem ter colesterol alto?

Podem. Nestes casos muitas vezes não é pela alimentação, mas sim por uma herança genética. Como parte do colesterol é o nosso organismo que produz, quando há alguma alteração nesse mecanismo, também se pode ter colesterol alto. Isso é mais freqüente do que se imagina. Pesquisas mostram que uma a cada quinhentas pessoas no mundo tem herança familiar para hipercolesterolemia familiar (colesterol alto).

O que fazer se o meu filho está com colesterol alto?

Primeiramente procurar um endocrinologista pediátrico para que se possa avaliar a doença e orientar o tratamento. É importante salientar que a criança precisa entender a doença, o porquê não vai comer salgadinho e tudo aquilo que gosta. Isto porque elas têm uma capacidade impressionante de aceitar e cumprir as orientações quando as complicações são devidamente explicadas. Outra coisa é a aceitação familiar, pois toda a família precisa passar por uma reeducação alimentar.

Como é feita esta reeducação alimentar?

De modo gradual, acompanhada pelo endocrinologista e muitas vezes orientada pelo nutricionista. Dietas restritas demais não funcionam, além de poder prejudicar o crescimento da criança. Basicamente faz-se retiradas de certos alimentos, se desaceleram outros e tenta-se inserir um novo aprendizado com leguminosas e frutas.

Quais as complicações que o colesterol alto pode ocasionar?

O colesterol alto está associado as principais causas de morte em todo o mundo, que são as doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame). Estas complicações podem ocorrer de forma precoce com quarenta anos, pois a formação dessas placas de gordura já se iniciam na infância.

É verdade que existe colesterol bom e ruim?

Na verdade existem dois tipos de colesterol. O popularmente conhecido como colesterol bom, é o HDL (lipoproteína de alta densidade). Este faz o papel de lixeiro, ou seja, ajuda a limpar o nosso organismo, carregando o excesso do colesterol que “entope” e “suja” o nosso organismo. O denominado colesterol ruim é o LDL (lipoproteína de baixa densidade). Este tem a capacidade de se acumular nos vasos e formar as placas de gordura. Quando estas se desprendem causam o infarto ou derrame, por isso são tão perigosas.

O que fazer para prevenir o acúmulo do colesterol ruim?

Principalmente com uma alimentação balanceada. Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes, que além de saudáveis, contem muitas fibras que impedem a absorção do colesterol. Evitar alimentos como: frituras, carnes com gordura, frango com a pele, creme de leite, maionese, manteiga, bolachas e doces.

E para melhorar o colesterol bom?

O principal elemento é aumentar a atividade física, mínimo de trinta minutos para a criança, cerca de três vezes por semana. Dentre os alimentos, o óleo de oliva também está relacionado à melhora do HDL.