Nos últimos anos, um grande número de pais tem buscado informações sobre o uso do hormônio de crescimento (GH). Eles geralmente demonstram preocupação com a estatura de seus filhos e desejam uma altura “ideal” ou maior que a encontrada. Algumas vezes notam que estão mais baixos que os amigos da mesma idade e gostariam de fazer algo para alcançar uma boa altura adulta. De fato, uma parcela destas crianças se beneficiará de seu uso, mas as indicações são restritas e cada caso deve ser avaliado individualmente.
O crescimento da criança é um reflexo da sua saúde como um todo. Uma redução do ritmo de crescimento gera a suspeita de que algo está errado. Muitas vezes são alterações em órgãos por doenças crônicas tais como asma mal controlada, nefropatias, cardiopatias, anemias, doença celíaca, entre outras que podem levar a baixa estatura. As alterações hormonais são responsáveis pela minoria dos casos, mas devem ser investigadas e afastadas.
As indicações do uso do GH têm sido amplamente estudadas e hoje existem condições em que a indicação é absoluta:
- Deficiência do hormônio de crescimento (Nanismo Hipofisário);
- Síndrome de Turner (alteração genética em meninas que apresentam baixa estatura e atraso puberal);
- Insuficiência renal crônica.
Com o avanço das pesquisas, as indicações vêm sendo ampliadas e nas condições abaixo também pode ser indicado:
- PIG (paciente pequeno para idade gestacional sem recuperação da estatura durante os primeiros anos de vida);
- Prematuros (principalmente prematuros extremos que não recuperaram estatura até 4 anos de vida);
- Síndrome de Prader-Willi (obesidade, atraso puberal e atraso mental leve);
- Pós- operatório de cirurgias intracranianas ou trauma crânio-encefálico com redução da velocidade de crescimento;
- Baixa estatura idiopática (sem causa determinada).
Para os pais, os principais sinais de alerta são: diminuição da velocidade de crescimento (demora para trocar número de roupas e calçados), grande diferença na altura entre irmãos ou do ritmo de crescimento dos outros membros da família e quando a criança está abaixo dos colegas da escola na mesma faixa etária. Nestas situações é importante fazer uma avaliação com o pediatra que acompanha o paciente e/ou endocrinologista pediátrico. Destes, alguns terão indicação do hormônio de crescimento e poderão apresentar excelente resposta.
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