O cálcio é um elemento fundamental para o desenvolvimento da criança e do adolescente, pois exerce diversas funções metabólicas no organismo. Dentre as principais funções estão: participação da formação óssea, crescimento e ainda na ação de vários hormônios.

O metabolismo do cálcio por sua vez está ligado ao da vitamina D, que é formada em nossa pele através dos raios solares (ultravioleta). Esta vitamina D posteriormente é metabolizada no fígado e nos rins, através de enzimas, tornando-se ativa em nosso organismo e ajudando principalmente na mineralização e crescimento ósseo.

Mesmo sendo tão importante, a maioria das crianças e dos adolescentes não consomem a quantidade necessária de cálcio, que é encontrado especialmente no leite e derivados (ex. queijos e iogurtes) e além disso, ficam pouco expostas ao sol. Cabe ainda recordar que no inverno quase não produzimos vitamina D devido a inclinação dos raios solares. Esta ingesta insuficiente de cálcio e a baixa exposição solar pode ocasionar várias doenças endocrinológicas tais como: raquitismo, déficit do crescimento, baixa massa óssea na criança e osteoporose no adulto.

Tipos de Raquitismo
1 Nutricional – causado pela deficiência de vitamina D e/ou cálcio.
2 Hipofosfatêmico – doença genética ligada ao cromossomo X, onde há perda de fósforo e que também pode comprometer o cálcio.
3 Dependente de vitamina D tipo I – falha na produção da vitamina D ativa.
4 Dependente de vitamina D tipo II – resistência à vitamina D ativa por alteração no receptor.

Dos tipos de raquitismo citados, vale ressaltar que no Brasil o tipo mais comum é o nutricional, pela falta de exposição solar adequada que deveria ser em torno de 20 minutos ao dia e pela baixa ingesta de alguns peixes como salmão, sardinha e atum, e outros alimentos como cogumelos Shiitake.

São frequentes os distúrbios do crescimento ou dores ósseas em crianças que consomem pouco leite e derivados. Nessas crianças e adolescentes é necessário fazer suplementação com cálcio, especialmente nas que usam somente o leite de soja e derivados, pois estes produtos, em sua maioria, não contém cálcio suficiente. As crianças com intolerância a lactose ou alergia a proteína do leite de vaca são as que possuem maior risco. Portanto é fundamental avaliar e se necessário suplementar vitamina D e cálcio!

Nas crianças que fazem uso de medicamentos anticonvulsivantes e as obesas, também possuem um maior risco de insuficiência, pois há uma alteração no metabolismo com maior eliminação da vitamina D e cálcio.

Enfim, é na infância e adolescência, que formamos a massa óssea, onde ocorre o estirão do crescimento, sendo assim um período crítico para uma boa ingesta de cálcio e vitamina D ou se necessário fazer suplementação para evitar doenças como a osteoporose na fase adulta.

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